domingo, 19 de setembro de 2010

SURUBIM PINTADO - PEIXE AMEAÇADO DE EXTINÇÃO NA CAATINGA




“Tudo o que existe e vive deve ser cuidado para continuar a existir. A essência humana reside na capacidade de tomar este cuidado. Talvez seja este, o maior desafio da capacidade inventiva do ser humano, despertar a sensibilidade e a responsabilidade com os cuidados com a terra...” - Leonardo Bof

Componentes da Equipe:
Domingas Pereira dos Santos
Indiara Francisca de Jesus Loyola
Valdenice Alves da Silva Barreto
Vera Lúcia Maciel

                                SURUBIM PINTADO

Nosso país possui 8,5 milhões de km2 e a maior bacia hidrográfica do mundo, Entre as diversas opções temos a bacia Amazônica, e do Paraguai , a do Prata e a do São Francisco. O Surubim é encontrado em todas elas e, devido a essa imensidão demográfica através da qual a família está distribuída, ela sofre mutações no formato de seu corpo e no dos desenhos em sua pele. As variações ocorrem especialmente no padrão das pintas e listras. Esse fator a torna uma família numerosa, com várias nomenclaturas científicas e regionalmente conhecida por diferentes nomes populares.

 
Nome Científico: Pseudoplatystoma Corruscans

Local de Origem: Bacias dos rios São Francisco, Prata e Paraguai.

Caracteristicas: Apresenta cabeça grande achatada, coloração escura no dorso, ranhuras esbranquiçadas nas laterais, pintas na extensão do corpo e ventre claro. É uma das maiores espécies de peixes fluviais, podendo atingir até 1,50 m de comprimento e 70 Kg de peso. Apresenta hábito noturno. Nessas horas oculto pela escuridão ele pode se expor muito mais na caça aos peixes menores. Durante o dia torna-se mais cauteloso, mais silencioso, mas, mesmo assim, ataca com vigor suas presas, num estilo que se verifica inconfundível depois que o conhecemos bem.

No Brasil, o surubim é o peixe de água doce de maior valor comercial e preferência na maioria dos estados. Entre as mais variadas formas de comercialização, pode ser encontrado sem cabeça e eviscerado, filé e postas. O surubim é considerado produto nobre e de marketing já estabelecido naturalmente a nível nacional. Apresenta carne de coloração clara e textura firme com sabor pouco acentuado, baixo teor de gordura e ausência de espinhos intramusculares, o que a torna adequada aos mais variados usos e preparos, agradando ao mais exigente e requintado paladar. 

  
Migração e desova da fêmea do surubim no Rio São Francisco

 

Surubim, Pseudoplatystoma corruscans, é o mais valioso peixe para a pesca comercial e desportiva do rio São Francisco, mas pouco é conhecido sobre sua migração e desova. A fim de se entender melhor esse processo, foram rastreadas as migrações de 24 fêmeas adultas de surubim (peso entre 9,5 a 29,0 kg), no rio São Francisco, a jusante da represa de Três Marias, com o uso de biotelemetria.
O estudo revelou que na época da desova, que ocorre de novembro a março, fêmeas de surubim encontram-se nas proximidades (até cerca de 11 km de distância) da cachoeira de Pirapora. Em dias de cheia, elas visitam o local por um ou dois dias, mais provavelmente para desovar. Uma mesma fêmea visita a cachoeira de Pirapora várias vezes durante uma mesma época de desova. Após a visita, algumas fêmeas regressam para o mesmo lugar que ocupavam  anteriormente.
Outras migram distâncias maiores, de quase 200 km, e espalham-se pelo rio São Francisco, indo da barragem de Três Marias até a cidade de São Romão. Outras entram pelo rio das Velhas, um dos maiores tributários do Rio São Francisco. Algumas poucas fêmeas ficam no sítio de desova até a próxima estação reprodutiva. A velocidade de natação durante a migração atinge até 31 km por dia.
Vinte e dois surubins Pseudoplatystoma coruscans terão cirurgicamente implantados na cavidade do corpo um transmissor que emite sinais na frequência de radio. Entre Pirapora e Três Marias estão sendo instaladas três estações de rastreamento capazes de detectarem, numa distância de até 2 km, o sinal emitido pelos transmissores. As estações, além de poderem reconhecer individualmente cada peixe, determinarão o dia e a hora em que cada um passar no seu raio de ação e qual a direção em que ele está nadando. Essas informações serão guardadas na memória da estação de rastreamento e, de tempos em tempos, enviadas para a Universidade Federal de Minas Gerais através de telefonia celular. Com esse sistema será possível estabelecer para onde os peixes portando os transmissores terão se deslocado e se eles conseguiram alcançar a barragem de Três Marias( Fonte: Contribuição de Alexandre L. Godinho)


Um dos fatores da extinção do surubim na região

A construção de barragens no rio São Francisco a jusante da represa de Três Marias e em seus afluentes irá reduzir drasticamente a abundância do surubim nesse trecho já que elas irão, entre outras coisas, bloquear as migrações e eliminar sítios de desovas. Fonte: Contribuição de Alexandre L. Godinho.
Por ser um peixe de hábito noturno e bentônico, a incidência intensa de luz diretamente sobre as larvas de surubins deve ser evitada, pois pode provocar mortalidades. É importante a fixação ou formação da pigmentação na fase inicial da larva, para prevenir os efeitos maléficos dos raios ultravioleta, que podem provocar uma insolação na região dorsal dos peixes, causando lesões inflamatórias que podem alcançar as meninges e lóbulos ópticos. As lesões na região dorsal, geralmente são acompanhadas de ulcerações que facilitam infecções bacterianas causando grandes perdas. Não é excluída, também, a possibilidade do efeito da fotosensibilização de origem alimentícia.
Outro possível fator de extinção do surubim  é o encolhimento do habitat devido a retirada de areia através das dragas provocarem assoreamento soterrar com sedimentos as tocas onde os peixes abrigam.

O que está sendo proposto para evitar totalmente a extinção

“O surubim é um peixe típico dessa região, mas sua população foi reduzida consideravelmente devido a sobrepesca e a práticas predatórias. Não podemos permitir que a espécie ‘baiana’ se perca”, conta o diretor-presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli. Até dezembro o rio deverá receber 10 milhões de alevinos de um peixe natural de suas águas, mas que está em processo de extinção: o surubim (também conhecido como "pintado"), de difícil reprodução em cativeiro.
Com a captura dos peixes na região de Guanambi. Os animais passaram por um longo período de aclimatação na estação de piscicultura de Joanes II (em Camaçari), que envolveu a manutenção dos peixes em tanques com água de parâmetros similares aos do São Francisco, treinamento alimentar (para se adaptarem à ração), fertilização e um período nas incubadoras. Na ocasião do peixamento, o material genético obtido em Joanes será transferido para a estação de piscicultura de Porto Novo (na cidade de Santana-BA), às margens do Rio Corrente, afluente do São Francisco.
 
A pesca

Não podemos definir o surubim como um peixe predador, pois ele não ataca indiscriminadamente, tão somente para matar. Sua predileção abrange os pequenos peixes vivos ou em pedaços frescos. Devemos estar atentos a essas preferências, que são as melhores iscas: tuviras, pirambóias, cambojas(cascudinhos), jejuns, curimbatás, piaus, sauás, traíras e minhocuçus
Outro fator que influencia o tipo de alimento escolhido se refere às estações das chuvas ou estiagem. Nas épocas em que o rio está bem cheio e com as águas sujas, as melhores iscas são tuviras, curimbatás, sauás e minhocuçus. Já com o rio igualmente cheio, mas com águas limpas, devemos usar pirambóias, cambojas(cascudinhos), e jejuns. Já com o rio baixo, todas as iscas anteriormente citadas são muito boas.
http://pescaedicas.br.tripod.com/surubim.htm


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PONTES E BICHOS


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ –UESC



COLEGIADO DE BIOLOGIA – MODALIDADE EAD


CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA – MODALIDADE EAD

 Módulo II. Processos biológicos na captação e transformação de matéria e energia – Bloco I

Eixo Temático: Biológico


Acadêmicos: Divaneres, Endi Lamunier, Eliana, Rita Novais e Paulo

 

                                  DESCRIÇÃO: ONÇA PINTADA

CLASSIFICAÇÃO CIENTIFICA





REINO: ANIMALIA

FILO: CHORDATA

CLASSE: MAMMALIA


ORDEM: CARNIVORA


FAMILIA: FELIDAE


GENERO: PANTHERA


ESPECIE: PANTHERA ONÇA


COMPORTAMENTO: SOLITARIO E TERRITORIALISTA


BIOMA: CAATINGA




                        CARACTERISTICAS FISICAS


A onça-pintada é um mamífero da ordem dos carnívoros membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos. até o norte da Argentina. É um símbolo da FAUNA BRASILEIRA. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani jaguaretê. Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.


Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas ONÇAS-PRETA. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais MELANINA do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.


A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.




             
                                                ALIMENTAÇÃO



A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.




A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.


A Onça-Pintada é o único felino que é capaz de perfurar o casco de uma tartaruga. E tem habito alimentar noturno.


A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas,capivaras, queixadas, tamanduas e até mesmo jacares. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (JIBOIAS e SUCURIS), e aves em situações extremas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres.


                          REPRODUÇÃO




As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento.Epoca reprodutiva durante todo ano. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.


Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.


Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes pesando entre 700 A 900 gramas- inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.


                                   STATUS DE CONSRVAÇÃO




Apesar de tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao homem. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e, sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção em nosso país.


A CAÇA PELA PELE, A DESTRUIÇÃO DE SEUS HABITATS, PARA A FORMAÇÃO DE GRANDES PASTAGENS E PLANTAÇÕES AGRICOLAS, A CAÇA PREDATORIO DE ANIMAIS COMO TATUS,VEADOS,QUEIXADAS E OUTROS TEM CONTRIBUIDO PARA O ATAQUES AOS ANIMAIS DOMESTICOS NAS FAZENDAS.


Na caatinga é difícil. Esse tipo de desafio ajuda a formar pesquisadores. A ciência avança justamente pelos caminhos ainda não trilhados. Eventualmente é importante para a formação de alguém que queira ser um cientista, enfrentar os problemas e descobrir as novidades", afirma o professor Jader Marinho Filho, da Universidade de Brasília (UnB).

O esturro da onça é quase um troféu para os pesquisadores. Foi possível captá-lo em várias reportagens do Globo Repórter no Pantanal, por exemplo.
"Na Caatinga, nunca foi estudado antes. É uma grande surpresa saber que esses animais vivem nesse ambiente - Caatinga", revela Leandro Silveira.

Onça-pintada fotografada por máquina de raio x instalada nos bebedouros do Parque Nacional Serra da Capivara


Abaixo link do Video realizado pelo Globo Reporter,a procura da Onça- Pintada - 
Clica
  
https://il.youtube.com/watch?v=QQ2wysmPllk&feature=related


        Quantidade de animais extintos no Brasil
No território brasileiro, existem em torno 69 espécies de mamíferos ameaçadas de extinção, havendo então um aumento de 11 espécies.
A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muita delas incorrem, de certo modo, em risco de desertificação. A Fauna da Caatinga sofre grandes prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat como também em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais da Caatinga.




                                                         Distribuição


Originalmente a distribuição deste animal se dava desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Atualmente ela está oficialmente extinta nos Estados Unidos, é muito rara no México, mas ainda pode ser encontrada na América Latina, incluindo o Brasil.

De maneira geral, porém, suas populações vêm diminuindo onde entram em confronto com atividades humanas. No Brasil ela já praticamente desapareceu da maior parte das regiões nordeste, sudeste e sul.

Ocorre em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado. São animais de hábitos solitários, tendo maior atividade ao entardecer e à noite.
           Presas

Suas presas naturais consistem de animais silvestres como catetos, capivaras, queixadas, veados e tatus. No entanto quando o número destes animais diminui, geralmente por alterações ambientais provocadas pelo homem, as onças podem vir a se alimentar de animais domésticos e por esse motivo são perseguidas.

 O nordeste num geral será um grande deserto, sem pastagem e sem condições mínimas necessárias para sobrevivência dos seres.A onça pintada  é um exemplo da atual situação que esse bioma vem enfrentando , a distribuição desse animal no Brasil tem sido reduzido pela pressão humana sobre seu  ambiente como a fragmentação e conversão do habitat em áreas de agricultura e pecuária intensiva . Estudos mostram que a população da onça pintada vem caindo a cada ano. Entre as ameaças estão  também a falta de alimento.
 O aumento da temperatura global permite que o ecossistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a saírem de seu habitat, enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas. O resultado disso é o movimento migratório de animais e seres humanos, escassez de comida aumenta de extinção de várias espécies de animais vegetais e aumento do numero de morte e destruição.
 A onça pintada é uma espécie de guarda- chuva ao fazer esforço para sua preservação, vário outro espécies são beneficiadas, pois é considerada essencial para manutenção da diversidade e da integridade do ecossistema que esta inserida.
Segundo o presidente do instituto da onça pintada e o Cenap (Cento nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoro)  a solução s para a proteger a onça pintada é trabalhar na criação de novas unidades de conservação (como parques) e de corredores de conexão entre as já existentes para permitir a comunicação entre as já isoladas,aumentando assim a chance de sobrevivência da espécie ao longo do tempo.